O Dia Internacional da Educação
“Aquilo que escuto eu esqueço, aquilo que vejo eu lembro, aquilo que faço eu aprendo.”
Confúcio
Instituído há 19 anos por líderes de 164 países – incluindo o Brasil – o Dia Mundial da Educação simboliza o compromisso assumido com o desenvolvimento da educação até 2030, na cidade de Dakar, no Senegal, durante o Fórum Mundial de Educação.
Já percorremos ⅔ do caminho e continuamos a conviver com a fragilidade de seu pilar essencial, o analfabetismo. Somos pródigos em formulações de modelos e deixamos muito a desejar no plano das ações. Há um segundo pilar que vai ainda mais fundo na essência da educação, a saúde. A cognição requer equilíbrio nutricional sob pena de comprometer para a vida o aprendizado. Saúde e Educação são princípios fundamentais, direito de todos e dever do estado. Mais uma letra morta na constituição da república.
Celebrar esta data pode parecer irônico, porém me dou o direito de acreditar que o Brasil em Ordem se encontrará com o Progresso um dia e que estes dois pilares estarão sedimentados. Creio mesmo que nestes dias de confinamento, o setor público e a iniciativa privado ao se defrontam com inimigo comum ganham consciência de que a inclusão social está na raiz de todos os nossos problemas.
Para enfrentá-lo políticas públicas estão sendo traçadas para resolver um problema de saúde pública que se ataca provendo segurança alimentar enquanto o isolamento social impede que as populações carentes gerem renda para a sua própria subsistência.
A pandemia enfrentada com a quarentena impôs muita reflexão e inúmeras iniciativas surgiram em todas as áreas do conhecimento humano. Segundo a UNESCO mais de 1,5 bilhões de estudantes foram impactados com a paralisação das aulas em 191 países. Gestores e coordenadores pedagógicos se obrigaram a uma adaptação rápida e os professores a se tecnificar para uma imersão no mundo digital. A rotina dos educadores se transformou com uma velocidade nunca vista e aulas online ao se realizarem trouxeram juntos os problemas de infraestrutura de TI&C, mas sobretudo o do engajamento dos alunos.
Bom, acabo de relatar as iniciativas do setor privado. O que dizer então das escolas públicas e de seus alunos que, além das aulas perdidas deixam de ter a merenda escolar, em muitos casos as únicas refeições do dia? Digo que a pandemia escancarou o que todos nós já sabíamos: assim como na saúde faltou planejamento para enfrentar a pandemia, falta também na educação. A internet não chega em muitas regiões deste imenso país, os professores não têm familiaridade com soluções remotas, os pais deixam de ter renda e, ao ficarem em suas casas com as crianças, o isolamento leva à contaminação massiva do COVID -19. O que temos a comemorar? Parece, mais uma vez que o nível de consciência do setor público e privado fez cair a ficha. Políticas públicas requerem planejamento e plano de ação que, no nosso querido Brasil só funciona na emergência.
Vamos, portanto, celebrar a consciência da sociedade civil e planejar 2022 desde agora fazendo usos da Metodologia da Cwist, o S.T.O.P , assim faremos bom uso do confinamento plantando uma semente, com o broto nos preparamos para o pós pandemia quando tudo irá começar a florir. Se bem regado teremos um plano de governo vencedor para colher da nossa horta a partir de 2022.
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